sábado, 8 de maio de 2010

Lento.

Enfim sós. Foi isso que eu ouvi após ele trancar a porta do quarto do hotel. Era muito lindo, dava para ver a lua, as nuvens e até mesmo ouvir o vento zunindo e o som das ondas quebrando longe na praia. Ele me olhava nos olhos com aquele ar de desejo incabiveis no peito. Sai, olhando por meio olho, para tirar meu vestido. As lembranças das palavras do padre ainda estavam vivas na memória e minha alegria de ter dito sim, também era imensa. Coloquei aquela camisola, que escolhemos antes do casamento, e pensei que a essa altura do campeonato esse estaria lá, esticado e nu em cima do edredon branco como podia se esperar de um homem, mas não, ele estava encostado do lado da porta do banheiro, sem paletó, com a camisa semi aberta, acariciando uma rosa que estava em uma de suas mãos com a outra. Quando me viu destracando a porta e a abrindo, acho que nossos corações dispararam, seus olhos estavam com um brilho dessa vez carinhoso. Me pegou pela mão, me levou até o centro do quarto, me deu a rosa e me abraçou, e começamos a dançar no ritmo da nossa canção; nossa respiração, o batimento cardiaco. Dançamos sem música. Eu me afastei, e disse que aquele era o dia mais feliz da minha vida, que a partir dele eu seria dele, somente dele e sempre dele. Ele sorriu, e aos poucos aquele desejo voltava, lentamente; Ele me beijou, agora como sua mulher. Suas caricias iam descendo por todo meu corpo, me enfraquejavam, me tiravam de mim. Me sentia mulher amada. Seus beijos já tinham desejo de mais e mais e mais atração, mais contato. Ele ergueu a mão pelas minhas costas, onde ficava o laço da minha camisola como um raio. Eu dizia sempre: - Mais lento; e ao mesmo tempo, ia abrindo botão a botão de sua camisa. Começos a caminhar, sempre lentos, caimos na cama, e depois de um tempo, quando já sentiamos o calor todo um do outro, senti uma dor, que não podia ser chamada de dor. Era um misto de sentimentos, que me deixou enfurecida de amor para com ele. Após uma noite fulminante de paixão, durmimos em conchinha, quando acordamos, dizia a ele que tinha sido ótimo durmir do lado de alguém que tinha escolhido, me corrigindo ele disse que ante de durmir ao lado de alguem que se ama, o melhor é ACORDAR, ao lado da pessoa que ele escolheu para toda a sua vida. Nos olhamos, nos beijamos. Lentamente.

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