quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Enfim depois de tanto tempo saiu alguma coisa, rs.


Desabafo!



Eu só queria alguém. Será que é tão difícil, alguém corresponder alguém? Eu queria poder todos os dias te abraçar e dizer sorrindo o quanto eu te amo. Queria também, poder dizer a todos o quanto você é diferente, e é o melhor homem do mundo. Queria ser todos os dias das nossas vidas só sua. E deixar bem claro que não quero outro, a não ser você. Quero seus beijos, seus abraços, seu toque e sua voz, ao pé do meu ouvido, me dizendo que me quer também. Eu só queria poder  colocar todo esse amor que está trancado dentro do peito em você. Queria dividir, somar e multiplicar, só com você. Queria chorar com você, queria chorar por você. Queria saber como é amar e ser amada. Como é se entregar a uma pessoa que te faz bem. Como é o amor. Mas esse alguém, só Deus sabe quem, não aparece. E não vem, então escrevo esse desabafo, afim de que ele, ou até Deus leia, e me traga aquele que vai me tirar o ar, me fazer sorrir, me amar, como deve ser.

30 de setembro de 2010


domingo, 12 de setembro de 2010


Primeiramente, agradeço ao meu amado Peter Pan (Pedro Awesome , artista maravilhoso e  amigo, o blog dele tá ali do lado, 'a Vida em Natasha'), que me fez inspirar esse texto. Dedico cada caracter dele, a você querido (:


"Primavera se foi e com ela meu amor
Quem me dera poder consertar tudo que eu fiz
O perfume que andava com o vento pelo ar
Primavera soprando pr'um caminho mais feliz
".
                                     Los Hermanos;





Primavera;






Um dia, uma guria estava passeando pelo parque, e resolveu sentar-se em um banco em baixo de uma grande primavera. Com o passar dos dias percebeu, que sempre fazia o mesmo trajeto e sentava-se ali. Certo dia, um rapaz muito amistoso, pediu licença e sentou-se do lado dela. Como todo dia antes dele aparecer, agora com ele. O mesmo caminho, e a mesmas horas ali, e por ventura conversas, muitas, inumeras, sempre ali no banco embaixo da primavera. Passava se inverno e verão. E eles sempre estavam ali. Por um acaso do destino, a guria se vê enamorada do rapaz. Mas prefere o segredo, e continuar tendo seus encontros diários. Os dias se passaram e a paixão aumentou. Foi o estopim, naquela noite, ela decidiu que diria sim aos seus sentimentos. Feiz-se linda, e sentou no banco, e ali permaneceu, talvez horas mas para ela meses, anos ou sua vida. Não havia nem um sim ou não, muito menos o garoto, que percebera nem saber o nome. Se viu perdida, sem vida. Foi embora, e nunca mais se aproximou, da primavera, e desde esse dia, detestou a estação das flores, dos amores e das cores.


13 de setembro de 2010 - Ana Siqueira

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Acredita?

“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam”. Clarice Lispector.



E porque precisou eu apareci. Não sei de onde, muito menos quando, só sabia o por que. Encontrei-te. Ao pranto, ao canto. E ao largo da vida. A ruína da alma. Peguei-te. Coloquei-te sobre o peito. Fiquei ali, instantes, dias, décadas. A vida é difícil, você diz e rediz e sangra. Como nunca mais imaginou. A dor não cabia na lagrima. Bateu-me, arrebentou. Pena a pena. Deixei. Que pudera eu dizer ou fazer? Ouvira, ouvira com aqueles ouvidos de quem só estava ali pra ele. De quem era só dele. Meu silencio não acalentava tua alma. Teu pesar. Era inútil. Quando acalentou. Segurei as mãos. Respirou. Olhei nos olhos. Respiramos. E disse o quão belo, é a vida sem as tristezas. Não acreditava. Indago, qual a função de um anjo então? Quero te proteger. Mas preciso do teu sim. Da tua luz. Sem você não existe o meu viver, torno-me inimigo.
Instantes, horas, décadas. Passei só junto dele, no meu colo, no meu choro, no meu peito. Foi o melhor guardado que eu podia ter tocado. E toquei. Viveu de novo. Reviveu no sorriso! Na alma. Era luz irradiada. Por instantes, voamos juntos. Sobre o céu, sobre o breu. Era uma alegria tão maior, mas tão maior, que nos elevava ao céu. Voltamos. Fiquei tonta com a claridade. Senti uma dor e perdi as asas. Soltaram-se, voaram sozinhas pra longe, até o fim do horizonte. Minha luz se foi. Só uma pena ficou. Eu me deprimi dessa vez. Não seria mais o ser conselheiro. A criatura celestial. Seria comum. Ele me pegou, com as mesmas mãos que sofriam, até tempos atrás, e disse que ali onde vivia, chamava-se amigo. Que eu estava na terra, com a mesma função, guardar. E que por ele acreditar, ela continuaria ser anjo, o seu anjo.