domingo, 30 de setembro de 2012

Aos amigos Ana Lúcia, Brena, Cidinha, Cibele, Aline, Letícia, Clécia, Douglas, Brenda, Kelly, Diana, Nelson, Gustavo, Vinícius, Rodrigo, Celismar, Gabriel, Tamires, Luiz, Lívia, Adrian, Guilherme, Othon, Tomita, Lucas Freitas, Jéssica, Geisa, Lucas Marco, Thiago Cruz, Thiago Andrade, Lucas Fernando, Elison, Anacleto, Flávio, Gabriele, Helder, Ricardo, Cássio, Jaime, Pe. Thiago, Hugo, Kaona, Alisson Gabriel, Alisson, Mayara, Igor, Danilo, Lucas Adriel, Max, Jefferson, Karina, Joara, Rosiane, Leone, Ana Flávia, Eddy, Polli, Mateus Marcos e todos demais que fizeram parte das minhas férias ! 

F O T O M A N I A 


Cheguei! Mas na realidade, não. Se passaram dias e dias, cliques e cliques, boas recordações. Eu vagarosamente munida da minha câmera passeei por um bom tempo clicando as coisas e as pessoas, era divertido. Bonitos sorrisos e rostos trancados, fotografei de tudo, fotografei vocês. Olha só, o sorriso da fulana, vou olhar pra essa todo dia e lembrar das gargalhadas dela, vai me animar. Olha a cara de sério dele, vai me lembrar de como ele ficava bravo quando eu falava algo que o repreendia. Meu Deus, como ele bebeu! Lembra desse dia? Tomamos um porre. Olha essa lembrança? boa, vou revelar. Lembra esse dia? quero mais cem iguais. Percebe essa fé nos meus amigos? Sim, essa mania de ter fé neles, de acreditar hoje neles, no sorriso, no riso, no choro, na mágoa, nessa fotografia deles. 
Sabe essas fotos? Antes de aqui, nesse texto, nessa máquina, estão na alma.
Boas recordações, momentos lindos e irrepetíveis. 
Boas fotos, pra vida toda ou até quando revelar. 


Sentirei falta de vocês, queridos. 



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sobre voo.



- Os processos estão sendo reiniciados, as boas lembranças e as más na mala, algumas peças foram despachadas dessa aeronave. Alinhando na cabeceira da pista, solicitando autorização para decolagem. 

E concluí o piloto, ainda novato, sobre seu segundo voo solo:


- As reuniões sobre as rotas das respectivas aeronaves desse pátio me farão muita falta comandante.


O comandante concluí:


- Na cabeceira da pista, sempre verifique as superfícies de controle. Procure sempre inibir apenas os alarmes irrelevantes, check e re-check os ponteiros antes de iniciar o roll na pista. Depois da velocidade de decisão, apenas tire o trem de rodas do chão, decole e aprecie a razão de subida da aeronave, até que a mesma esteja voando sobre as nuvens. Um bom voo recruta e uma boa viagem, estaremos aqui no pátio ou nos céus.



( vou sentir sua falta, irmão)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Olhos azuis,
Venho pedir encarecidamente que te importe com teu sorriso ai, 
que agrada  e muito o comum dos meus castanhos, sabe? Cuide do que ele vê de pálpebras fechadas, cuide do que tu não vai evitar, cuide-se. Promete? 
Até amanha, bom dia.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Rosa, só.

Pra ouvir enquanto lê: Bandolins - Oswaldo Montenegro.

Os olhos se encontraram em meio ao amontoado de pessoas. Os sorrisos se abriram e eles não se desgrudaram em meio multidão, se viram, se apaixonaram. Os olhos se fecharam quando as testas se tocaram e uma dança sem compasso aconteceu, caiu lágrima e surgiu uma flor, era uma rosa, mas não vermelha-clichê, mas sim branca. A lágrima não se conteve, e como num abracadabra, o beijou duraria até o quarto. Suspensos, passearam pela testa, olhos, face e boca, desfilando, era caseiro. Não se conheciam, nem as mãos e nem as coxas, nem os olhos e nem a boca. A luz ia baixando, junto dos mimos. Cada qual conhecendo o sentimento, lentos como água de mina. Não abriram os olhos,  se conheceram como dois cegos, sentiram como dois cegos, curiosos. Já era dia quando acordaram cada qual na sua cama, cada um só, menos a rosa, que nem existiu.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sabe o ruído da agulha tocando o vinil na vitrola? e logo em seguida os metais rasgando a radiola com um jazz formoso. colamos o rosto e dançamos, um para lá e para cá, bem calmo, no ritmo. piso no teu pé, solto um sorriso, sussurro uma desculpa. tu volta tua mão da cintura pro meu rosto, tira meu cabelo da frente, me olha nos olhos, e volta para o lugar me trazendo para mais perto do teu peito. meus braços envolvem teu pescoço e voltamos ali, para nosso compasso, que não tem fim, que não tem verso, só passa.
Uma tarde nem tão cinza e nem tão amarela de um dia quente e incomum no inverno. As folhas das árvores estavam no chão do parque, e as flores, estavam desabrochando. As estações estavam confusas. E as árvores? pobrezinhas. Quantos amores temporais cravados em seus cascos, quantos beijos trocados em vão por amores que estavam perto do fim ou que achavam que não, como o nosso. O nosso amor começou sobre folhas secas, não é? e no mesmo dia acabou contigo roubando meu pijama depois de eu ter furtado teu sorriso, dançamos esse sonho torto. Ouvindo a caixinha de música, abobados, figuramos horas e planos, até o momento que o sol iria cair, e eu, partir. Era o medo que me colocava numa viagem, e me trazia de volta ao parque, para ver os amores temporais.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

- posso me perder?
- onde?
- aí!
- aqui? 
- sim!
- aqui onde?
- aí dentro.
- por que tudo isso?
- porque tu, agora, existe.