Aurora não estava em um bom dia, dentre as muitas
coisas que haviam acontecido naquela quarta-feira cinza, um banho de
chuva não planejado, seu casaco velho, mas predileto, estava sujo de
massa de tomate e seu celular estava sem bateria e além de tudo, iria em
silêncio para casa. Ah, e como eu poderia esquecer?! Sua chefe, sim,
aquele estereótipo de chefe que ninguém gosta havia lhe repassado
algumas, diga-se de passagem todas, tarefas de seu colega que havia entrado
de férias. Estava sendo um dia do cão, exceto pela hora que pode bater
seu ponto e um leve, tímido e cansado sorriso soou um leve 'amém'.
Aurora tentava em meio a chuva e uma poça e outra de água cantarolar
alguma música para se distrair, mas parece que o 'cão-dia' havia tomado
conta de seu ser.
Ela entrou no ônibus, desejou boa noite ao motorista e cobrador e se sentou do lado esquerdo dos bancos. O horário de pico já havia passado e ela pode sentar-se no lugar de sempre. Na janela de sempre. Parece que naquele pequeno quadrado de vidro, poderia passar horas filosofando e sendo ela mesma e foi nessa mesma parede transparente, que avisou um olhar fixo indo de encontro ao teu. Um rapaz nem alto e nem baixo, que chamou-lhe sua atenção.
O interesse mútuo dos dois olhares causou estranhamento e timidez e deu inicio a um jogo de olhares e feições. Ambos não sabiam disfarçar a vontade de se olhar. Assim seguiram pelo caminho todos e pelas curvas todas. Aurora sentiu no peito uma palpitação que deverás não sentia e se inflou seu ego e sua imaginação, com nomes, profissões e sonhos. O subconsciente de Aurora era muito fértil.
Não passou muito e o rapaz se levantou e deu sinal para que o ônibus parasse. Ambos se olharam mais uma vez entre os olhos como quem diz: Fica, vamos tomar um café! Mas parece que algo não lhes permitiu captar a mensagem. Ele desceu e olhou para a janela, abriu um largo sorriso para Aurora como quem dizia que foi um imenso prazer conhecê-la, e ela o correspondeu e se esqueceu de todas as coisas nem tão boas que havia passado durante o dia, havia ficado feliz pra cachorro.
Ela entrou no ônibus, desejou boa noite ao motorista e cobrador e se sentou do lado esquerdo dos bancos. O horário de pico já havia passado e ela pode sentar-se no lugar de sempre. Na janela de sempre. Parece que naquele pequeno quadrado de vidro, poderia passar horas filosofando e sendo ela mesma e foi nessa mesma parede transparente, que avisou um olhar fixo indo de encontro ao teu. Um rapaz nem alto e nem baixo, que chamou-lhe sua atenção.
O interesse mútuo dos dois olhares causou estranhamento e timidez e deu inicio a um jogo de olhares e feições. Ambos não sabiam disfarçar a vontade de se olhar. Assim seguiram pelo caminho todos e pelas curvas todas. Aurora sentiu no peito uma palpitação que deverás não sentia e se inflou seu ego e sua imaginação, com nomes, profissões e sonhos. O subconsciente de Aurora era muito fértil.
Não passou muito e o rapaz se levantou e deu sinal para que o ônibus parasse. Ambos se olharam mais uma vez entre os olhos como quem diz: Fica, vamos tomar um café! Mas parece que algo não lhes permitiu captar a mensagem. Ele desceu e olhou para a janela, abriu um largo sorriso para Aurora como quem dizia que foi um imenso prazer conhecê-la, e ela o correspondeu e se esqueceu de todas as coisas nem tão boas que havia passado durante o dia, havia ficado feliz pra cachorro.
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