terça-feira, 1 de janeiro de 2013

coisa de menina.




Os olhos da menina brilhavam ao olhar para cima. Todos eram altos e felizes. Menos a pequena, pobrezinha. Ali ela sonhava em saber como era a vista de cima, e viaja, para o alto das nuvens onde não as via nos olhos. Via e não, os abraços, os beijos e os apertos de mão. As crianças lá de cima eram mais fervorosas e sonhavam em crescer. A menina só tinha uma flor, sua flor. Ela bailava com ela.

Sua flor era amarela, sorria para ela e vice-versa. Iluminava os olhos dela, que não viam o fervor da sua cor, era só tato amarelo, talvez. Era uma criança nem tão comum, mas criança. Sonhava em amar, dançar, beijar e apertar as mãos das outras pessoas. Mas só sonhava.

A flor ficou menor que o braço, logo depois menor que a perna e assim, ficou no chão. Deixou de sorrir, e lá em cima, um pouco mais sozinha, viu que os homens grandes não sorriam tanto, não brincavam tanto. Não tinham uma flor e nem sequer viam o amarelo. Lá, o mundo dos altos era cético e amargo. Queria ser criança com flor, era tarde, cresceu, acordou.

3 comentários: