Os olhos da menina brilhavam ao
olhar para cima. Todos eram altos e felizes. Menos a pequena, pobrezinha. Ali
ela sonhava em saber como era a vista de cima, e viaja, para o alto das nuvens
onde não as via nos olhos. Via e não, os abraços, os beijos e os apertos de
mão. As crianças lá de cima eram mais fervorosas e sonhavam em crescer. A
menina só tinha uma flor, sua flor. Ela bailava com ela.
Sua flor era amarela, sorria para
ela e vice-versa. Iluminava os olhos dela, que não viam o fervor da sua cor,
era só tato amarelo, talvez. Era uma criança nem tão comum, mas criança. Sonhava
em amar, dançar, beijar e apertar as mãos das outras pessoas. Mas só sonhava.
A flor ficou menor que o braço,
logo depois menor que a perna e assim, ficou no chão. Deixou de sorrir, e lá em
cima, um pouco mais sozinha, viu que os homens grandes não sorriam tanto, não
brincavam tanto. Não tinham uma flor e nem sequer viam o amarelo. Lá, o mundo
dos altos era cético e amargo. Queria ser criança com flor, era tarde, cresceu, acordou.
Muito bonito!
ResponderExcluirVixxi, tenho uma amiga poeta e não sabia!! Belo texto mana! Beijo <3
ResponderExcluirAna, muito legal seu blogue. =) Gostei muito.
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