segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

     Quebra.



    Ela grita e o que parece apelo, é nada mais que um belo sorriso, parece, só parece. Dói. Ela chora ali no canto, e não há nada que afague a ferida. É uma ferida inconstante que resolve sangrar quando menos espera. Ela sofre, inflama. Nem abraço e nem reza muito menos terraço. A criança está confusa e com medo, quer ser adulta. Não é amor, só amor. Quebra o que é intocavel, desencana e descasca a sua maturidade se derrubando feito feto. Soa como desabafo, mas esses, mentirosos. Olha de olhos fechados para pessoas que não a querem bem, e se querem, quem quer? Ela se vende, vende mesmo, ao menor valor de uma atenção e a cabeça? Parte. Não vê, não viu, não veja! A menina esta perdida em meios alternativos e sem nexos, não se acha. Porque chora? Chora muito, vê? Desponta a conta do bar e bebe leite. Ela quer te contar o fiel segredo, me disse, mas tem medo; sonha, flutua e pousa, na cama, nos pensamentos e nisso. Me contou essa história, mas, isso não é história. É suspiro, é causa e constante, e tornou-se exato. Voltou pra cama a menina de olhos marejados, e varou noite, pensando no terno e turno. Quebrou em mais pedaços o que não entende e arriou a cabeça.
   Está frio, feche a janela. 
12 de dezembro de 2011

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