segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ah que tempos que não escrevo. 
Talvez seja por falta das palavras,
 ou talvez por ter muitas delas, 
mas aí está mais um, 
que é de amor, 
e que mostra um amor 
que não é tão clichê.

Não costumo escrever para as pessoas, e sim, sobre elas, mas esse é diferente, é de presente, como o amor, com amor (:

Uma chuva e um amor, por favor?


Não queria como todo casal um sol resplandecente, ou uma noite quente. Não queria um amor de vidas inteiras. Era simples e o mais sincero; fervoroso, mas não quente. Era uma alma inteira dentro de cada gota que caía sem pensar nas consequências. Era sonho. Talvez não fosse eterno, mas era presente. Era amor e chuva. Enquanto alguns queriam a noite para batizar o sentimentos, os dois desejavam nuvens. Talvez por que elas levariam os desejos para o céu e aí seriam atendidos, ou então só pelo clima agradável. Era um quarto, uma persiana, uma cama mal arrumada, e o casal, dividindo o colchão estreito, uma alma toda. Era um amor diferente, que só eles entendiam. Era amor próprio. Ele sobre o colchão e ela sobre ele, como um só. Ouvia-se o som da chuva e da respiração. O carinho e a paixão, e a incerteza de uma prévia de razão. Não existia amanha. Ela sonhava. Ele ria e cochichava. Por horas mãos passeavam pelo corpo, por outras, enfim. Era cheiro, toque, essência e dor. Era único. Era diferente. Olhando entre olhos, via-se alegrias e planos e risos seguidos dos planos. Chuva, porque chuva ? Porque a chuva se aproximava dos sonhos deles, e os carregava pro mundo, e pra todos saberem da história. Não queria sol pra derreter, muito menos noite para apagar, queria chuva e ali, virava sinônimo de amar. A tarde nublada e fria, era a mais quente e ensolarada para alma deles. Era falta, era brincadeira, era amor, do jeito deles. Rabiscou no vidro embaçado da janela, o sinal. Foi choro e riso, dúvida do era. E era espera, da noite e do sol, e era!

Ana Siqueira - 9 de agosto de 2011.

3 comentários:

  1. Simplesmente a melhor cafeteira de todas *-----* POSKAPKSP

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  2. muito bom. no detalhe simples do olhar em sol vem o aconhego da vida, e da palavra bem escrita.

    bacana teu blog.

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