sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um ano de blog!!!
Parabéns para vocês que lêem, a poesia livre agradece!
Muitissimo obrigada! (:



A estrela que escolhi não cumpriu com o que pedi, e hoje não há encontrei;
o teatro mágico - não há de ser nada.


Entre sonhos e luzes;

                E toda as vezes que a sua paz de espírito se dissipava,  ela subia no topo de sua casa para refletir, chorar ou até mesmo, em último caso, pensar. Era ali, que nasciam as mais belas e apaixonantes poesias, ou também os versos mais chorosos que ela fazia. Era de uma mochila pronta munida de lanterna, caderneta e caneta, um livro de Bandeira, sua máquina fotográfica e seu rádio de pilha que as noites se arrastavam no telhado da casa, nesses dias gelados, ainda acompanhava uma garrafa térmica com café. E mais uma briga constante consigo mesmo se travou naquela noite. O amor que tinha no seu coração deixara a pobre criança em estado de choque; assim não compreendida esperou. Quando o sono caiu sobre todos da casa, enrolou o cachecol vermelho xadrez no pescoço, e tratou logo de sair nas pontas dos pés, pos a escada e subiu. Geava, e a temperatura baixava a cada minuto. Sentou-se, jogou a mochila de lado, pegou uma manta e colocou sobre as pernas e ficou a olhar para o nada, talvez horas ou apenas minutos. Quando num piscar de olhos reparou o céu, e o viu como todas as estrelas do universo pararam para olha-la. Osfuracavam o brilho da noite, e pintaram todo aquele manto azul. E ela se pegava perguntando qual a mais brilhante, onde estava o cruzeiro ou as Marias, até que uma pequena e comum lhe chamou atenção e fechou teu sorriso. Era pequena e quase imperceptivél, sem brilho e forma, excluida de todas as outras, bem mais longe de todas as outras. Ali se passou tudo, a prosa dos olhares das duas foi intenso, foi a rima mais bem feita, a música com melhor harmonia e dizia, que tudo que te faz bem deve ser feito. Ela por instantes exitou, e deitou-se no telhado sentindo-se talvez ausente, ou talvez apenas com frio e teu instante de silêncio se cortou com um feiche de luz no céu. Sim, era uma estrela cadente, aquela amargura do peito, brotou o sorriso e a lágrima mais sincera. Assim, a estrelinha dizia, aceita teu coração, e outra caiu, vive o que ele manda. Chorando em prece, pediu a estrela fé e coragem, por que só isso bastava e lembrou do teu amor, despediu-se da aurora, e da última das estrelas que cairam, fechou a casa, a porta e a feição. Colocou sua roupa para dormir, deitou-se agarrou-se a pelúcia, e sorriu novamente, e lembrando da estrelinha que não caiu, que não se fez diferente ou mais especial que as outras disse em tom baixinho: - Meu amor? traz para mim. E mesmo sabendo que nunca mais ia revê-la, acreditou.

                                                   Brilha onde estiver, 
faz da lágrima o sangue que nos deixa de pé;

Ana Siqueira - 7 de maio de 2011

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