segunda-feira, 18 de abril de 2011

"ajoelho-me sob a luz do luar anoitado.
é tão imensa que chega do teu lado".
Mateus Chaves;


Verdade longínqua;  
Te vejo e invejo, toda noite.

       Era um dia normal, onde mais uma vez a dor me assoitava. Estava a beira do desespero e da sombra de um sonho que parecia longe de parecer real. O sol ainda era forte quando sentei-me embaixo de uma árvore,e ali, deslanchei saudades, amores, dores, calores; todos os quais eu queria entregar-te. Mas ela vinha, e quebrava meu coração. Pode ouvi-lo? ele pulsa em compassos tortos, em compassos sem compasso. A única margarida que estava ao meu alcance foi vitima do teu amor, e confirmação do bem te quero. Tudo era conspirava para o sim, ao menos o fato dela. Mais um livro com fim final feliz, mais uma dor. Ao cair da lua, sai correndo, e quando me vi, estava ao pranto, só pra não perder contexto, num templo, olhando com os olhos misericordiosos para Deus, para te trazer para mim, para te ver e te fazer sorrir, eu pensava que se não fosse da vontade D'ele, que eu ao menos te visse. Só ele compreendia a minha dor, a tua ausência, a talvez tua inexistência, o que meu amor não era capaz de explicar; uma coisa me disse para sair dali, e caminhar. olhando então vi, rainha da noite, clareira dos desesperados, e clamei como quem clama a Deus piedade, clamei inveja. Faceira pode te ver todas as noites, cada sorriso e cada lágrima tua, cada história fantasiada de ti, cada olhar teu que eu pedia para estar voltado para mim, talvez isso nos aproximasse. Clamei clemência ao luar, que talvez pudéssemos trocar de lugar, ou ficar lá; ao menos, de longe estaria mais perto de ti, ou todavia nem tanto, mas perto. Fingiu não me ouvir, escondeu-se atrás da nuvem, e assim, começara mais uma noite, regada a destiladas e amor, talvez não perto, mas longe.

18 de abril de 2011 - Ana Siqueira

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