sábado, 28 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
Como o tango.
Os corpos se encaixaram.
A sintonia foi perfeita.
Foi o ofegar mais desejado, a dor mais prazerosa.
Foi a noite, em que o tango se fez carne, e o sexo se fez música.
Luxúria e sintonia.
Foi...
O vinho mais antigo, da uva mais doce.
Perfeito e caloroso.
Saudoso e infinito.
Pra sempre, e acabado ali.
O abraço mais caloroso. O sim mais bem dado.
A quentura derramada sem arrependimento.
A dança mais esperada. O tango.
Quente, apaixonado, intenso...
http://www.youtube.com/watch?v=dBHhSVJ_S6A&feature=related
Ana Siqueira - 22 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
O rádio. A flor. Sem dor.
Eu a amava. Como ninguém jurava que poderia, nem mesmo eu. E ela me amará da mesma forma, achava. Era flô em dia de sol na primavera, era sereno na minha janela. Era amor.
Ouvi dizer, do o teu olhar ao ver a flor..." Inflamou-se.
Eu a sentia, e assim fiz. Tudo junto, tudo com ela, tudo pra ela. Ela. Era festa. Amigos, fuzuês e vodka. Riamos como calor de verão. Como hilariantes comédias de teatro de campanha. Como pão e circo. Sem perceber.
“Não sei por que, achou ser de um outro rapaz. Foi capaz de se entregar” Fez sentido.
Os olhos não foram para mim. Menos o sorriso. Amor! Ah, dor! Amor doente. Finge não ver a névoa, fingi estar em paz, sorri e bebi.
“Você assim e eu, por final sem meu lugar. E eu tive tudo sem saber quem era eu...” Tentei.
Acabou-se a música. Chegou ao fim o amor, que fez de tudo pra não rimar com ‘im’. Restaram flores, coroa, velas e dores. A saudade, e que saudade.
“Pude, então, enfim, amar...vai...”
Não com ela, mas sempre dela.
Ana Siqueira - 14 de agosto de 2010