- Glauco, quer café?
- Pode ser.
- Quer quanto de açúcar?
- Poxa Aurora, você sabe que tomo amargo!
- E acho terrível.
- Ora, cada um tem um gosto. O meu é amargo, não implique.
- Tudo bem, te faço amargo, fresco.
- Olha só como fala comigo, não seja grossa!
- Você gosta do meu jeito grosseiro, vai dizer que não agora?
- Você é uma pedra preciosa bruta. E coloca bruta nisso (gargalha).
- Vou colocar tanto açúcar no teu café que irá lhe causar diabetes, Glauco.
- Você não tem coragem, é um doce, como teu café.
- Não me venha com essas frases de efeito que nada ira funcionar.
- Não mesmo?
- Não.
- Então só me traga o café, está bem?
- Venha buscar, já que sou tão bruta, acho que vou quebrar tua caneca predileta.
- Ai Aurora, tuas mãos são muito sensíveis e firmes, eu que o diga, não vai derrubar café e nem a caneca.
- (risada maliciosa) você não presta.
- E você me ama.
- Amargo, né?
- Ama?
- Docemente.
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