quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Papo de Café

- Glauco, quer café? 
- Pode ser.
- Quer quanto de açúcar? 
- Poxa Aurora, você sabe que tomo amargo!
- E acho terrível.
- Ora, cada um tem um gosto. O meu é amargo, não implique. 
- Tudo bem, te faço amargo, fresco.
- Olha só como fala comigo, não seja grossa!
- Você gosta do meu jeito grosseiro, vai dizer que não agora? 
- Você é uma pedra preciosa bruta. E coloca bruta nisso (gargalha).
- Vou colocar tanto açúcar no teu café que irá lhe causar diabetes, Glauco.
- Você não tem coragem, é um doce, como teu café. 
- Não me venha com essas frases de efeito que nada ira funcionar. 
- Não mesmo?
- Não. 
- Então só me traga o café, está bem?
- Venha buscar, já que sou tão bruta, acho que vou quebrar tua caneca predileta. 
- Ai Aurora, tuas mãos são muito sensíveis e firmes, eu que o diga, não vai derrubar café e nem a caneca.
- (risada maliciosa) você não presta.
- E você me ama. 
- Amargo, né? 
- Ama?
- Docemente. 

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