sábado, 3 de maio de 2014

Ple-ciso

Eu costumava enxergar seu reflexo todos os dias, não sei se era Platão ou Narciso, mas sei que era amor. Era um jeito próprio de amar de versos curtos e sexuais, tão profundos que deixavam de ser românticos, e se tornavam ecléticos. Eu te idolatro, consumo e contemplo, amor próprio e para ti. Uma dualidade apaixonante e errante. Era a representação do eu em ti, e ti em ti próprio. Queria acertar algumas coisas, porque Platão acha feio tudo aquilo que não é Narciso,  e acho que era vivo. Que raios! Não sei se vivo ou desisto, sei que amo, sei que sou reflexo, chuva e sol. Sei que preciso, Narciso.

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