quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cíclico.

resolvi me sentar aqui hoje para escrever sobre como estou apaixonado e em verdade, como me sinto feliz. escrevo mil versos de amor, escrevo rosas de sangue e de ternura, escrevo cantos de dor por não ter quem ouça meus lamentos, escrevo por amor, sobretudo. eu costumava ter certeza e me entregar as cores que a vida adquiria com isso, eu costumava borboletar dentro de mim e de ti, lembra? lembro como te servia o café e me sentava aqui, na mesma, para tentar te escrever apaixonado. 

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agora não há mais amor, nem café quente. de improváveis amores e poemas apaixonados, restou papel queimado e cinza. acendo o cigarro, troco a xícara por um copo com gelo, malte e feridas descem garganta adentro. penso em me vender, quem sabe, com o dinheiro eu compre um amor, ou mais bebida.

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bem, de fato, estaria melhor se não cruzasse com teus olhos e resolvesse me sentar para escrever o quanto eles me encantam e fazendo as contas, prevendo o dinheiro que gastarei ao comprar flores e logo depois bebida, para que esse meu peito continue batendo. mais um café, mais uma noite adentro. apaixonar é deixar viver.

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