Agora
que estou surdo
Tudo fica mais calmo
A maré do trafego dos carros
O cacarejar frenético das buzinas
Os macacos selvagens que pulam de arranha-céu em arranha-céu
Sou uma pedra estacionada ilegalmente em um cruzamento
Felizes são as pedras que são surdas
E as arvores que são mudas e paralíticas...
Agora que estou mudo
Tudo fica mais fácil
Enfrentar a maré do trafego
Suportar o cacarejar frenético
Insultar os macacos que pulam do arranha-céu
Sou uma nuvem presa em um congestionamento
Felizes são as gotas que nunca caem solitárias
E os trovões que se fazem escutar mesmo distantes...
Agora que estou cego
Tudo fica mais claro
A morte enfrentando a maré
A surdez suportando o cacarejar
O silêncio insultando os macacos
Sou um cometa parado no acostamento pedindo carona
Felizes são as estrelas que se acham eternas
E o universo que se acha infinito...
Tudo fica mais calmo
A maré do trafego dos carros
O cacarejar frenético das buzinas
Os macacos selvagens que pulam de arranha-céu em arranha-céu
Sou uma pedra estacionada ilegalmente em um cruzamento
Felizes são as pedras que são surdas
E as arvores que são mudas e paralíticas...
Agora que estou mudo
Tudo fica mais fácil
Enfrentar a maré do trafego
Suportar o cacarejar frenético
Insultar os macacos que pulam do arranha-céu
Sou uma nuvem presa em um congestionamento
Felizes são as gotas que nunca caem solitárias
E os trovões que se fazem escutar mesmo distantes...
Agora que estou cego
Tudo fica mais claro
A morte enfrentando a maré
A surdez suportando o cacarejar
O silêncio insultando os macacos
Sou um cometa parado no acostamento pedindo carona
Felizes são as estrelas que se acham eternas
E o universo que se acha infinito...
Thiago dos Santos Andrade
Thiago Andrade é estudante de psicologia, um pouco poeta, um grande amigo e um músico excelente. Uma de suas lindíssimas músicas pode ser ouvida aqui no blog. A Faixa 14 dessa playlist é de sua autoria. Vale a pena ouvi-lo e compartilha-lo!